Revista de Nossa Senhora
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PÁSCOA: a misericórdia triunfou!

Publicado em 4 de abril de 2016 / Reportagens >

interna3Como irmãos no Cristo Jesus, celebramos o mistério que sustenta nossa fé: o Senhor Jesus está vivo, ressuscitou como havia dito aos seus primeiros companheiros. Por todos os recantos da terra, neste tempo de alegria, ressoa o louvor dos cristãos ao Deus de amor, que triunfou sobre o mal, que usou de misericórdia conosco, que manifestou seu grande poder ressuscitando seu Filho e mostrando sua misericórdia. Lembramo-nos de Santo Tomás de Aquino, que disse ser “próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua onipotência” (Summa Theologiae)

Neste ano do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco, nossa contemplação do Senhor Ressuscitado, é feita pela ótica da misericórdia. E não poderia ser diferente. Aquele que venceu a morte, que deu sua vida na cruz é a manifestação do rosto misericordioso de Deus. Seu corpo desfigurado pelos açoites, pelos cravos da cruz, pelo cansaço da subida do Calvário e pelo peso do madeiro é o mesmo corpo ressuscitado, glorioso e vencedor. Se na cruz, contemplando seu Coração aberto pelo soldado, vemos o céu aberto para nós e dali, jorrando sobre o mundo a fonte de misericórdia por excelência, também na sua presença ressuscitada, que traz as marcas da paixão, podemos contemplar sua infinita misericórdia.

Foi assim que Ele se mostrou a Santa Faustina, a vidente de Jesus Misericordioso, cuja festa em toda Igreja foi instituída por São João Paulo II, no Segundo Domingo da Páscoa, a 30 de abril do ano 2000, quando a canonizou. Mostrou-se ressuscitado, vencedor e fazendo jorrar de seu Coração os raios da misericórdia divina. Na homilia daquela solene celebração, disse o Papa São João Paulo II: “é necessário que também a humanidade de hoje acolha no cenáculo da história o Cristo ressuscitado, que mostra as feridas da sua crucifixão e repete: A paz esteja convosco!”

A Páscoa do Senhor Jesus é o triunfo da misericórdia de Deus. Se há uma forma de o amor vencer de forma definitiva, é pela misericórdia. Assim nos indicou o Papa Francisco, na Bula Misericordiae Vultus, ao nos dizer que “a Misericórdia é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro” e ainda, que ela “abre o nosso coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar de nossa limitação e nosso pecado” (n.2). Porque Jesus nos amou até o fim e ressuscitou, vemos nele, crucificado e ressuscitado, vivendo entre nós a esperança de que nós também podemos ser salvos e libertos de todo mal, graças a sua misericórdia que nos libertou, ao ressuscitar. Nesse sentido, podemos fazer nossa a oração do Salmo 103: “É Ele (o ressuscitado) que nos perdoa de todas as nossas culpas, que cura todas as nossas doenças; é Ele quem salva nossa vida do fosso e nos coroa com sua bondade e sua misericórdia”.

A Redação