Revista de Nossa Senhora
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Edição Fevereiro de 2013

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Defender a nossa Igreja

pezezinhoAquele senhor que, visivelmente alterado, defendia a Igreja Católica, errou do começo ao fim. Não conhecia a catequese dos santos e, tentando provar que nós católicos somos a melhor igreja, praticamente afirmou que nós adoramos Maria. Não era a pessoa indicada para defender a nossa Igreja. Mostrou que nunca lera o catecismo católico.

Seu oponente não era melhor. Errou nas datas e nos fatos históricos. Ouvira algum pregador da sua nova igreja e falou como quem o ouviu mas não leu os livros que ele disse ter lido. Acusou os católicos de terem matado dez milhões de evangélicos na Alemanha, no tempo de Lutero,e culpou o general Inácio de Loyola de haver massacrado os huguenotes na Inglaterra. Foi triste e inquietante ouvir os dois naquele restaurante. Mais triste ainda ver que os presentes á mesa aceitavam tudo passivamente, como se alta cultura fosse… Parecia discussão de Corintiano e Palmeirense. Um se vangloriando das vitórias do passado, outro exaltando as atuais conquistas do seu time, ambos rindo dos erros do outro e cada um explicando e justificando esta ou aquela eventual derrota do seu timaço.

Não somos obrigados a ficar em silêncio, quando alguém ofende a nossa mãe, mas não se resolve o problema chamando a mãe do outro de prostituta ou leviana. Moleques fazem isso, cristãos, nunca!. Se alguém ofende a nossa Igreja e nos alteramos, ofendendo a dele, negamos o Cristo. O mundo não ficará melhor com isso. Já sabemos aonde leva essa conversa de demônios do lado de lá e anjos do nosso lado, eleitos e rejeitados, santos e ímpios e salvos e perdidos. Quando ensinamos que os nossos fiéis estão salvos e os fiéis deles precisam ser convertidos, já começou a mentira. As guerras de fundo religioso começaram com esse tipo de pregação exclusivista e excludente; em geral também presunçosa e recheada de vaidade. Nós sabemos mais, entendemos melhor a Bíblia, seguimos melhor o Cristo, amamos mais a Deus, somos mais eleitos e, por isso, Deus está mais conosco do que com vocês que ainda não o conhecem!. Quem já não ouviu esse tipo de pregação no rádio e na televisão? Não são ingênuos nem ignorantes. Quem faz esse discurso sabe por que o faz e aonde quer chegar. Sabe por que diminui a igreja do outro e que pontos fracos dela escolheu ressaltar. Sabe também por que oculta os pontos fracos da sua e omite as passagens bíblicas que poderiam dar razão á outra Igreja!

Melhor forma de defender a nossa Igreja naquela hora é dar um sorriso amigo e mudar de assunto. Quando aquele irmão de outra fé quiser de fato dialogar, a gente vai para algum canto onde um mostra para o outro as passagens do livro santo nas quais se baseia e os livros nos quais aprendeu o que pratica. Mas como faremos isso, se não lemos nem a bíblia nem o catecismo da nossa Igreja?. Neste caso o melhor é despedir-nos cortesmente e e desejarmos que a mesma luz que ele quer que nos ilumine, não acabe por cegá-lo!…

Pe. Zezinho, SCJ é músico e escritor. Tem aproximadamente 85 livros e 115 álbuns musicais. www.padrezezinhoscj.com

Nas celebrações do mês de fevereiro, o que saber sobre

Apresentação do Senhor

pontodevista-internaEmbora esta festa de 2 de fevereiro caia fora do tempo de Natal, é parte integrante do relato da Natividade. É uma faísca do natal, uma epifania do quadragésimo dia. Natal, epifania, apresentação do Senhor, são três painéis de um tríptico litúrgico.

Entre as igrejas orientais esta festa era conhecida como “A festa do Encontro” (em grego, Hypapante), nome muito significativo e expressivo, que destaca um aspecto fundamental da festa: o encontro do Ungido de Deus com seu povo. Obedecendo à lei mosaica, os pais de Jesus o levaram ao templo quarenta dias depois de seu nascimento, para apresentá-lo ao Senhor e fazer uma oferenda por ele.

A bênção das velas antes da missa e a procissão com as velas acesas são características da celebração atual. É adequado que, neste dia, ao escutar o cântico de Simeão no evangelho (Lc 2,22-40), aclamemos a Cristo como “luz para iluminar as nações e para dar glória a teu povo, Israel”.

Quarta-feira de Cinzas

Com a imposição das cinzas, preparamo-nos dignamente para viver o Mistério Pascal, quer dizer, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.

Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa. Isto resultava em 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII, foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma, estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.

Hoje em dia, na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior.

Quaresma

A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender dos nossos pecados e mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo. Ela começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal.

Festa da Cátedra de São Pedro, Apóstolo

Não sabemos bem como se originou essa festa. Mas é certo que existe uma inscrição, datada da 370 – portanto, há mais de 1.600 anos – atribuída ao Papa São Dâmaso, falando de uma cadeira portátil, dentro do Vaticano, considerada a “cátedra” do Apóstolo Pedro.

Hoje, dessa cadeira restam apenas algumas relíquias de madeira, conservadas e honradas, num lugar onde o grande artista Bernini levantou um monumento grandioso, em honra do primeiro Papa, a Basílica de São Pedro.

A Redação

Jornada Mundial – Por dentro da JMJ 2013

jmj-internaA partir deste mês a revista de Nossa Senhora traz informações sobre a Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em julho, no Rio de Janeiro. Para início de conversa um pouco da história deste encontro entre o Papa e os jovens e os objetivos deste evento.

Tudo começou com um encontro promovido pelo Papa João Paulo II em 1984. Foi um encontro de amor, sonhado por Deus e abraçado pelos jovens. Vozes que precisavam ser ouvidas e um coração pronto para acolhê-las.

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), como foi denominada a partir de 1985, continua a mostrar ao mundo o testemunho de uma fé viva, transformadora e a mostrar o rosto de Cristo em cada jovem.

São eles, os jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. A JMJ tem como objetivo principal dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo, mas é verdade também que, através deles, o ‘rosto’ jovem de Cristo se mostra ao mundo.

A Jornada Mundial da Juventude, que se realiza anualmente nas dioceses de todo o mundo, prevê a cada 2 ou 3 anos um encontro internacional dos jovens com o Papa, que dura aproximadamente uma semana. A última edição internacional da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu mais de 190 países.

A XXVIII Jornada Mundial da Juventude será realizada de 23 a 28 de julho de 2013 na cidade do Rio de Janeiro e tem como lema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).

As JMJs tem sua origem em grandes encontros com os jovens celebrados pelo Papa João Paulo II em Roma. O Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada.

O ano seguinte, 1985, foi declarado Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Em março houve outro encontro internacional de jovens no Vaticano e no mesmo ano o Papa anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude.

A primeira JMJ foi diocesana, em Roma, no ano de 1986. Seguiram-se os encontros mundiais: em Buenos Aires (Argentina – 1987) – com a participação de 1 milhão de jovens; em Santiago de Compostela (Espanha – 1989) – 600 mil; em Czestochowa (Polônia – 1991) – 1,5 milhão; em Denver (Estados Unidos – 1993) – 500 mil; em Manila (Filipinas – 1995) – 4 milhões; em Paris (França -1997) – 1 milhão; em Roma (Itália – 2000) – 2 milhões, em Toronto (Canadá – 2002) – 800 mil; em Colônia (Alemanha – 2005) – 1 milhão; em Sidney (Austrália – 2008) – 500 mil; e em Madri (Espanha – 2011) – 2 milhões.

Além do fato de estar em outro país, com seus encantos turísticos, a participação na Jornada requer um corpo preparado para a peregrinação e um coração aberto para as maravilhas que Deus tem reservado para cada um. São catequeses, testemunhos, partilhas, exemplos de amor ao próximo e à Igreja, festivais de música e atividades culturais. Enfim, um encontro de corações que creem, movidos pela mesma esperança de que a fraternidade na diversidade é possível.

Fonte: www.rio2013.com

Para Meditar

DEUS,

Hoje um amigo querido se foi.

Ao saber disso, choro como uma criança.
Não por achar a vida coisa tremendamente estúpida
Por nos levar quem amamos sem nos despedir.
Choro como quem chora ao final de um filme,
Ou diante da obra de arte perfeita que emociona
Choro como tu mesmo deves ter chorado
diante da beleza de tua Criação:
“E Deus viu que tudo era muito bom.”

Senhor,
Como compreender isso sem desespero?
Como entender que tudo que tem começo haverá de ter fim?
Como ler neste fato teu plano de amor?

Chamam isso de luto.
De fato, luto
Luto para que o sentimento de perda
Não seja maior que a certeza
De permanecermos unidos em Ti,
Aqui e na vida eterna.

Ah, Pai…
Dentro de mim uma voz reclama do teu silêncio.
Mas outra voz, mais insistente,
Me diz que posso chorar forte nos teus ombros
Num abraço apertado.

Enxuga-me as lágrimas, Pai.
Ergue-me a cabeça, ajuda-me a ir em frente.
Tenho certeza de que estás comigo…
És o Senhor da Vida,
Senhor que dá a vida,
Senhor que alegra a vida.
És minha primavera
E também este inverno passará.

Fernando Clemente, MSC