Revista de Nossa Senhora
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Maio de 2016

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“Mãe de Misericórdia”

interna3“Sob teu manto há lugar para todos, porque tu és a Mãe da Misericórdia.

O teu coração é repleto da ternura para com todos os teus filhos: a ternura de Deus, que em ti se fez carne e se tornou nosso irmão, Jesus, Salvador de todo homem e de toda mulher.”

(Papa Francisco, no dia 08 de dezembro, durante a tradicional homenagem com flores à imagem de Nossa Senhora Salus Populi Romani ).

Maio com Nossa Senhora – Os três “Sim” dados por Maria

interna2O primeiro sim de Maria: – (Lc 1,26-38) – A anunciação do anjo a Maria é a novidade das novidades. Não há palavras para descrever tudo. A voz vem do céu e não da terra. Tal voz tem a força de introduzir Maria em sua vocação e missão. É o começo de uma viagem nova, sem precedentes na história. O Verbo deixa o seio do Pai eterno e vem fazer morada no seio da mãe Maria. Só uma pessoa revestida de amor pode dar uma resposta de amor. Maria se apresenta não como uma princesa ou rainha, mas como a serva do Senhor. Sendo serva do Senhor, será também serva do Espírito, ainda que o anjo se dirija a ela com as honras devidas de uma rainha. Maria não está habituada com estes títulos reais. O anjo anuncia a Maria não só a encarnação, mas todo o mistério da Trindade. Podemos dizer, então, que o Amor derramou-se sobre a terra. A Palavra se fez carne em nosso mundo e em nossa história. O Espírito ganhou a experiência humana. O seu “sim”, embora dado no silêncio, está aberto para a humanidade inteira. Maria se deixa guiar pelas duas mãos de Deus: a Palavra e o Espírito.

O segundo sim de Maria: – (Jo 19,25-27) – O amor total de Maria atinge o seu ápice aos pés da cruz. O evento redentor da anunciação culminou na cruz. Aqui acontece o segundo “sim” de Maria. É como se fosse uma segunda concepção. De cima da cruz, Jesus coloca Maria no centro da Igreja. Este segundo sim não está no passado. Ele floresce sempre na vida da Igreja, em todos os membros que sofrem, os mártires da nossa história. Todo sim pronunciado diante de um crucifixo é semente que germina e, mais cedo ou mais tarde, dará seus frutos. Na Paixão, Jesus permitiu que seu íntimo fosse penetrado pela monstruosa escuridão do pecado. Maria renova seu sim e desaparece no anonimato da multidão, porém, o seu sim ao crucificado não desaparece do seu coração. Há aqui um paradoxo: tanto o filho abandonado quanto a mãe abandonada, estão unidos no mesmo sentimento. Os evangelhos sinóticos nem mesmo citam o nome de Maria entre as mulheres presentes aos pés da cruz. Somente João faz isto. Ele descreve o último ato de Jesus nesta terra. É a entrega mútua do amor: dá um filho à sua mãe, em seguida dá uma mãe a João, o discípulo amado. Desse momento em diante, João vive com Maria.

O terceiro sim de Maria: – (At 1,12-14) – Foi aquele pronunciado no meio da Igreja em oração. Em Pentecostes, Maria está no centro dos discípulos. Uma Igreja só nasce quando for iluminada pelo Espírito, com a presença de Maria. Ela já não está mais aos pés da cruz. Agora é um “sim” na alegria pascal. O sim dado na anunciação, renovado no calvário, se completa agora em Pentecostes. O Espírito vem inspirar em Maria a Igreja. Na sua essência, a Igreja é amor, é comunhão. O amor mútuo é sempre regra de qualquer outra regra. Maria possibilita a contínua maternidade espiritual da Igreja. Foi Jesus quem criou a Igreja, mediante sua Paixão, porém, Maria participa deste novo nascimento, mediante seu sim em Pentecostes. Maria era, é e será para sempre e por toda a eternidade, a mãe. A maternidade de Maria ultrapassa os laços de sangue. Com Maria, abre-se a nova criação, vida que vem do alto e nunca terá fim.

A Semana com Nossa Senhora do Sagrado Coração

DOMINGO

Ointerna1s devotos de Nossa Senhora do Sagrado Coração alimentam a certeza profunda de contar com a proteção de Maria em todos os momentos de sua caminhada. Quando Jesus agonizava na cruz, para assegurar a presença contínua da Mãe na vida dos filhos, disse: “Mãe, eis aí o teu filho. Filho, eis aí a tua Mãe.” A partir desse momento, João, que nos representava ali, levou Maria para sua casa. Nós, a exemplo do discípulo amado, também acolhemos Maria em nosso coração.

Caros(as) leitores(as), nos artigos que seguem, gostaria de propor para a nossa reflexão a “Semana com Nossa Senhora do Sagrado Coração”, um folheto que pode ser adquirido no santuário nacional e inclui uma prece para cada dia da semana.

Iniciemos com a oração do DOMINGO, primeiro dia da Semana, santificado pela Ressurreição de Cristo. Somos convidados a viver a união com Maria, a adoração à Santíssima Trindade. Saudamos Maria, “a cheia de graça”. Rezamos também pela Igreja. Viver unidos a Maria significa buscar junto dela, ajuda e inspiração para corresponder às graças que cada dia recebemos do Pai misericordioso.

Maria é nossa medianeira e intercessora junto a Jesus. Ela é exemplo de serva fiel. Vivendo unidos a ela, teremos força para enfrentar os momentos difíceis com fé e confiança, seja na alegria ou na tristeza, ela nos dará segurança. Discípula fiel, depois de ter caminhado com Jesus na paixão, teve a alegria de participar de sua vitória sobre a morte e o pecado. Podemos imaginar a alegria da Mãe ao saber que seu Filho ressuscitou!. Ela certamente exultou de júbilo. Ele vive para nunca mais morrer. A morte não tem mais poder sobre Ele: “O poderoso fez grandes coisas!” (Lc 1,49)

É muito importante sempre lembrar que o domingo, o dia do Senhor, é o dia de sua ressurreição e, por isso, o principal dia da celebração litúrgica. É o Dia da Palavra do Senhor, da catequese e da caridade Cristã. É o dia no qual todas as famílias deveriam lembrar de agradecer a Deus pela vida e pelos dons que recebem dele todos os dias. Tudo isso poderia ser realizado em união com Nossa Senhora. Ela, que se fez presente na festa das Bodas de Caná, está presente na vida de cada pessoa que procura viver com Jesus e para Jesus: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2,5).

Que Nossa Senhora do Sagrado Coração derrame muitas bênçãos e graças na sua vida e que você, caro(a) leitor(a) seja firme na sua fé e perseverante nas boas obras.

Tenha um mês muito abençoado.