Revista de Nossa Senhora
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As evidências e provas da ressurreição de JESUS

Publicado em 1 de outubro de 2014 / Reportagens >

Entrance to the TombOs discípulos e a ressurreição:
Do ponto de vista humano, não era nenhuma vantagem para eles anunciar a ressurreição de Jesus; enfrentar uma vida dura e perseguida, passar fome e dormir ao relento, serem ridicularizados, surrados e aprisionados, torturados e até martirizados. – Por que tudo isso? – Somente por causa de uma certeza e uma convicção: Jesus está vivo. – Sem uma experiência profunda com o Cristo ressuscitado, este grupo de discípulos jamais poderia ter se levantado do tamanho fracasso e decepção. A força da fé vai sustentá-los no testemunho fiel da ressurreição do mestre Jesus.

Convicções e certezas:
Os discípulos, homens simples, pescadores, com pouca instrução literárial, estavam dispostos a morrer por algo que tinham visto com os próprios olhos e tocados com as próprias mãos. Estavam numa posição única de não apenas crer que Jesus ressuscitou, mas de saber que tudo era verdade, sem falsidades ou mentiras. Ninguém morre por convicções religiosas quando sabe que são falsas e enganosas.

A identidade  do povo judeu:
No tempo de Jesus, já fazia mais de setecentos anos que o povo judeu era perseguido e dominado por vários impérios, tais como o babilônico, assírio, persa, grego e até então, o romano. O povo judeu foi disperso pelo mundo e vivia longe de sua pátria. Porém, não perdeu sua identidade nacional. Os ensinamentos da Sagrada Escritura passavam de pais para filhos. A Lei de Deus era ensinada em família e mesmo nas sinagogas, aos sábados.

A força do Ressuscitado:
De repente, aparece Jesus, um judeu de classe social baixa. Ensina o povo durante três anos e forma um grupo de seguidores, os doze apóstolos, todos eles provenientes de classe média e até mesmo baixa; ou seja, pessoas que não tinham nenhuma influência na sociedade da época. Depois de vários conflitos com as autoridades, Jesus é crucificado, assim como três mil judeus que foram crucificados naquele mesmo período. Algumas semanas depois de sua morte brutal na cruz, já são mais de três mil seguidores, como relata os Atos dos Apóstolos: – “Os que aceitaram as palavras dele se batizaram, e nesse dia umas três mil pessoas se incorporaram” (At 2,41).

Novo período da História:
A Palestina do tempo de Jesus vivia de tradições e, quanto mais antiga uma tradição, mais seguidores teria. Portanto, qualquer ideia nova que surgisse, causava um impacto muito grande na população, totalmente diferente de hoje. A Igreja nasce logo após a ressurreição de Jesus. Num período curto de 20 anos, a expansão foi tão rápida e tão abrangente que chegou até Roma. O cristianismo dominou sobre as várias ideologias e com o passar do tempo conquistou todo o Império Romano, mesmo em meio às perseguições e martírios.

O núcleo da pregação:
A ressurreição de Jesus foi o centro de toda pregação dos primeiros cristãos. Eles não apenas confirmavam os ensinamentos de Jesus, mas estavam convictos de que tinham realmente visto a Jesus ressuscitado. Foi isso que mudou a vida deles desde o início da Igreja. Já que esta era a convicção central de suas vidas, eles também comprovaram que a ressurreição de Jesus era totalmente verdadeira, pois caso contrário, eles estariam pregando uma falsa doutrina que não iria atrair ninguém. A fé em Jesus Cristo está alicerçada na comprovação histórica, mas vai além das provas.

O túmulo vazio:
Os primeiros cristãos, bem como os judeus, conheciam bem o lugar em que Jesus fora sepultado. Não havia dúvida, o corpo de Jesus foi colocado num túmulo novo: – “No lugar onde fora crucificado, havia um jardim e nele um sepulcro novo, no qual ninguém havia sido sepultado” (Jo 19,41).

O testemunho da comunidade:
O momento e o modo como se deu a ressurreição ninguém viu. O poder de Deus Pai ressuscitou seu filho Jesus. A Primeira Carta aos Coríntios afirma que “Jesus apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez” (1Cor 15,6). Esta é a única passagem que faz tal afirmação. Essa é a passagem mais antiga e mais bem confirmada de todas, mesmo sendo a única fonte. Paulo tinha uma ligação próxima com essas pessoas, pois afirma que a maioria delas ainda vivia. Se Jesus pôde alimentar cinco mil homens, também poderia aparecer a quinhentas pessoas.

O testemunho de Paulo:
Ele faz questão de dizer que Jesus apareceu primeiro a Pedro e depois aos doze, apareceu também a Tiago, a todos os apóstolos e por fim, apareceu a ele, como um abortivo (1Cor 15,5-6). Paulo, sendo advogado, é um estudioso da ressurreição, não pegou no ar esta afirmação. Confirma a ressurreição de Jesus com duas testemunhas oculares, Pedro e Tiago. Tal afirmação tem um valor fundamental. Colocar Pedro em primeiro lugar indica uma prioridade lógica e não necessariamente cronológica. Ao indicar Pedro, o primeiro da lista, ele retrata a mentalidade e a cultura da época, pois as mulheres não eram consideradas testemunhas. Por isso, não é de surpreender que elas não sejam mencionadas aqui.

As evidências da ressurreição:
A ciência versa sobre causas e efeitos. Não sabemos como uma doença surge, mas estudamos seus sintomas. Ninguém viu um determinado crime, mas os peritos reúnem as evidências e depois os fatos. Assim, são entendidas as evidências da ressurreição. Nos textos do Novo Testamento, há várias aparições de Jesus a diferentes pessoas. Algumas acontecem a indivíduos e outras a grupos. Às vezes dentro de casa, outras vezes fora, a pessoas receptivas como João e ao incrédulo Tomé. Algumas vezes as pessoas tocam em Jesus ou comem com ele. As aparições ocorreram durantes várias semanas seguidas.

Dom Agenor Girardi, MSC – Bispo Auxiliar de Porto Alegre – RS