Revista de Nossa Senhora
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CARO LEITOR (a),

Publicado em 3 de julho de 2012 / Reportagens >

Há pouco, neste espaço, falávamos da vocação missionária dos Missionários do S. Coração, um desejo que, desde os primórdios, invadiu o coração de nosso Fundador, o Padre Júlio Chevalier. Sua convicção era tamanha que, embora contasse com um pequeno grupo de companheiros, mesmo assim teve a coragem de persuadir seu Conselho e enviar os primeiros missionários para a obra de evangelização da Nova Guiné. Isto foi em 1881.

Alguns anos depois, convidado por um bispo do Equador, Chevalier aceita o pedido para que, naquele país da América do Sul, os MSC, além da evangelização propriamente dita, cuidassem da edificação e direção espiritual de um Santuário Nacional dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Por conta de vários fatores, entre os quais a falta de um contrato bem definido e pouco empenho do arcebispo, o empreendimento não atingiu todos os seus objetivos e se encerrou melancolicamente em 1893.

Pouco mais de 100 anos depois, mais precisamente em julho de 1996, os MSC voltam àquele belo país dos Andes, desta vez representados por três confrades brasileiros, Antônio Carlos Meira, Aílton Izaías da Silva e Moacir Goulart Figueiredo, os pioneiros dessa empreitada missionária. Mais tarde, seguiram outros e, enquanto alguns permaneceram em Quito, capital, outros buscaram o interior do país, galgando os páramos a mais de 3 mil metros de altitude …

Mais de 15 anos trabalhando naquele país, compensadora tem sido a colheita, inclusive com alguns vocacionados, jovens que ingressaram em nossa família religiosa.Mas eu queria falar em especial sobre um confrade que lá está desde o início, o Padre Antônio Carlos Meira. Isto porque houve um leitor que estranhou e se incomodou com o fato de este padre, muitas vezes, mesclar seus

artigos com citações em espanhol. Caro leitor, antes que você julgue o caro confrade, saiba que essa prática é aquilo que os franceses chamam “défaut de qualité”

(defeito de uma qualidade). Não é falta, é virtude. Virtude de quem se inculturou e assumiu de tal modo o jeito daquela gente, a ponto de achar mais fácil expressar-se na língua deles. Um pouco como São Paulo, que era judeu com os judeus, e grego com os gregos.

Pois bem, Padre Antônio Carlos, após 13 anos evangelizando comunidades indígenas no frio intenso das montanhas, aceita o desafio de desmanchar sua tenda e levantá-la de novo na região de clima úmido e tropical de Portoviejo, no litoral do país, em meio a uma população pobre e esquecida. E com o mesmo entusiasmo

e o mesmo zelo! Assim, caro leitor, esses nossos irmãos da vanguarda missionária vão se entregando à obra da evangelização, fazendo amado sempre mais e por toda a parte o Sagrado Coração de Jesus.

A REDAÇÃO.

 

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