Revista de Nossa Senhora
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O Título de Nossa Senhora foi e será sempre, para nós, um raio de Luz!

Publicado em 1 de setembro de 2010 / Edições > Setembro - 2010 >

Maria é totalmente dependente de Deus e ao lado de seu Filho, ela é a imagem mais perfeita de libertação da humanidade e do universo. É a Ela, que a Igreja tem que procurar, como Mãe e Modelo, para entender também o significado de sua missão libertadora.

Texto: Irmã Lezir B. Braga

Padre Júlio Chevalier, fundador da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração e das Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração,  fez uma promessa a Nossa Senhora, dizendo que, se seu pedido fosse atendido, ele trabalharia para difundir a devoção ao Sagrado Coração, por toda parte e honraria Maria para que ela fosse amada e honrada por todos os meios possíveis e de um modo especial.

Hoje, várias imagens são encontradas nos cinco continentes. Esta devoção espalhou-se em muitos lugares,  povos e nações. Maria foi à frente, abrindo caminhos para os MSC e as FDNSC, expressando assim um rosto humano e materno de Deus para as culturas do mundo. Pouco importa que Maria tenha um grande ou pequeno lugar em nossa vida espiritual; o importante, é que tenha um lugar real e especial em nosso coração.

Maria está de braços estendidos, como na medalha milagrosa. E para representar Jesus com a idade de 12 anos. Com umas das mãos, mostra o Seu coração e com a outra, aponta em direção à sua mãe.

Padre Chevalier determina de maneira precisa: Maria não faz somente o gesto de nos apresentar Jesus, mas ela olha para Ele, o contempla de olhos baixos, lembrando a   humanidade sofrida.

Em contemplação, Padre Chevalier viu o Menino Jesus, o Verbo  feito carne, com a idade de 12 anos, idade escolhida para ensinar no Templo, nos apresenta seu Coração, fornalha de amor, fonte de graça. Jesus nos indica Maria, também, a quem ele confia todas as riquezas de seu Coração.

Em 1875,  foi pedido por Roma, representar a imagem em outro modelo. Maria segurando  nos braços o Menino Jesus, mostrando seu Coração, e Jesus apontando para sua Mãe.

Em 1964, depois do Concílio, com a volta às fontes e o aprofundamento da espiritualidade marial, surgiu então a terceira imagem:  Maria ao pé da cruz e Jesus com o lado aberto por um golpe de lança, donde jorram água e sangue – ( Jô.19). Eles olharão aquele que traspassaram (cf. Zacarias 12, 10). Com aspersão de água pura e promessa de um coração novo e a fonte do lado direito (Ez,36,25-47), vemos Maria que acolhe a fonte para ela e para nós e lá ela se torna nossa Mãe. A Mãe, por sua vez aponta para o Coração do Filho, confirmando que Ele é fonte de todas as graças.

Esta devoção, criada por Júlio Chevalier, se espalhou por meio de uma novena eficaz. Ele, por própria experiência, foi atendido ao encerrar  sua novena à Maria Imaculada, no dia 8 de dezembro de 1854, quando na Igreja se proclamava o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria.
A Igreja renova mais efetivamente nela a consciência da verdade sobre Deus que é todo Dom e presente, que não pode ser separada da manifestação do seu amor preferencial pelos pobres e humildes, aquele amor que, no Magnificat,  celebra a missão de Jesus.

Maria é totalmente dependente de Deus e ao lado de seu Filho, ela é a imagem mais perfeita de libertação da humanidade e do universo. É a Ela, que a Igreja tem que procurar, como Mãe e Modelo, para entender também o significado de sua missão libertadora.

Que o Espírito Santo nos ajude a caminhar com Maria em seu exemplo de fidelidade, iluminando-nos na busca incansável, na aceitação humilde, na coerência libertadora e na constância serena e paciente do peregrinar pela fé.

É importante para nós, como Família Chevalier, não esquecer que Ele estava em oração e meditação, quando deu este novo título à Maria e nós, seus seguidores,  temos que compreender isto. Ele quis combinar de um modo novo, estas duas devoções importantes no seu tempo: a devoção ao Sagrado Coração e a Maria, Nossa Senhora do Sagrado Coração, pois para ele e para nós, é o resumo  de nossa fé e espiritualidade.

O título foi e será para nós, como um raio de luz, uma expressão do rosto Materno de Deus.

Irmã Lezir B. Braga é Superiora Provincial das Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração.

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